Com a chegada de um filho, vem uma série de obrigações para a mulher. Daí, é natural que apareça o estresse. Nesse caso em especial, esse estresse recebe o nome de burnout materno.
Primeiro, vejamos o que é burnout. É um estado de cansaço físico, mental e emocional, causado pelo esgotamento no trabalho. Saiba mais no blog da UNIICA, uma das unidades da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.
No caso das mães, essa síndrome atinge aquelas que têm filhos de 0 a 3 anos. Os cuidados com a criança se juntam às demandas que provavelmente a mulher já tinha antes, como trabalhar e cuidar da casa. Por isso, é muito importante a participação do pai nos diversos processos da chegada da criança, como falamos aqui em nosso blog sobre amamentação.
Conheça os sinais
São muitos os sinais de burnout materno. Aqui estão alguns deles:
- Sentir que está dando menos atenção e cuidado ao filho do que deveria.
- Estresse do tempo: a paciente pode pensar que não conseguirá fazer tudo que precisa.
- Sensação de pessimismo e fracasso.
- Irritação fácil.
- Perda do interesse por várias coisas da vida, incluindo os próprios filhos.
- Baixa autoestima: ela pode se sentir mais feia, infeliz e cansada.
- Tristeza, medo e insegurança.
O que fazer para tratar
Caso tenha um ou mais desses sinais, a mãe deve procurar um profissional de saúde mental e conferir a intensidade e frequência deles. É necessário não deixar que o estresse atrapalhe a vida profissional, social e familiar.
É possível evitar!
Há uma série de medidas que a mulher pode tomar para prevenir o estresse da maternidade.
- Contar com pessoas próximas. Sempre é bom ter alguém para ajudar a cuidar da criança e das outras tarefas, ou só conversar sobre o tema.
- Não falar só da vida de mãe. É muito importante conversar sobre outros assuntos que não sejam fraldas, amamentação e outros.
- Reservar um tempo apenas para si. Algumas atividades simples ajudam a aliviar o estresse, como tomar banho demorado e tranquilo, sozinha.
- Não exigir demais de si mesma. Pense que você faz o melhor possível. Ninguém é perfeito. Não se pode fazer tudo em simultâneo.
- Sempre cuidar de si. Ter um ou mais filhos não tira a importância de cuidar da própria vida e da própria saúde.
E os parentes e amigos, como podem ajudar a mãe?
- Pensar que a mãe também precisa de cuidado.
- Ter cuidado com as visitas. Evite horários críticos, como a hora da soneca.
- Se for visitar a mãe, levar um lanche para ela.
- Caso seja alguém íntimo, segurar a criança enquanto a mãe estiver no banho ou no cochilo.
- Não competir para ver quem está mais cansado, nem testar o cansaço dela.
- Enquanto ela estiver amamentando, levar um copo de água gelada.
- Convidá-la para se distrair um pouco. Se ela não puder sair, sirva um lanche e tenha uma conversa agradável.
- Ouvi-la contar o que está sentindo e dar a devida atenção.
Fontes de referência: Dr. Jairo Bouer, Correio Braziliense